Dolls’ Frontline, ou Girls’ Frontline, é uma das minhas bombas dessa temporada. Sempre tive a sorte de pegar animes esperados pela comunidade, bem falados ou razoáveis nos sorteios das nossas RegraDe3, mas dessa vez não fui tão sortuda.
Contudo, quem sabe? Posso me impressionar com algum que tenha sido sorteado para mim (apesar de achar que não).
Mesmo entre essas bombas que a gente pega de vez em quando, podemos encontrar alguns pontos positivos por aí, não podemos? Será que esse é um desses casos?
Dolls’ Frontline dificilmente vai ser algo que você vai curtir, porque funciona apenas para um público muito específico. Quer dizer, talvez VOCÊ seja esse público específico. Mas existe grande chance de que não.
Vamos descobrir?
- Gênero: WAIFUS! ARMAS! Brincadeira, é Ação, Drama (???) e Sci-fi
- Estúdio: Asahi Production
- Material: Jogo
- Onde assistir: Funimation
- Novos episódios: Sábados
Do que se trata Dolls’ Frontline?
Inicialmente, como eu estou com sérias dificuldades de falar sobre o que é, deixarei um tweet desconhecido e nobre falar por mim:
E, bem, é mais ou menos isso aí. São garotas-robô lutando umas contra as outras. AÇÃO! ARMAS! MUITOS TIROS! CALCINHAS E ROUPAS DE EMPREGADA! TIROS! RIFLES! E, no fim, você não entende nada do que está acontecendo.
Para vocês terem noção, eu precisei anotar tudo em um bloquinho à parte para colocar nomes aqui (que eu certamente não lembraria se fosse só assistindo).
Tecnicamente, a história se divide em dois grupos: um grupo de bonecas que protegem os humanos, e um grupo de bonecas que se rebelou contra a humanidade.
Nisso, temos as Griffins (o grupo que a gente acompanha e que protege a humanidade) e as Sangvis (que querem matar geral). Até isso foi meio difícil de identificar.
A premissa poderia ser boa… Bem na verdade, Vivy é meio que isso. Robôs, humanidade, autonomia, lutas e o caramba a quatro.
E eu, pessoalmente, não tenho nada contra robôs humanoides. Inclusive, eu gosto muito! Acho que quando essas ideias são bem trabalhadas, somam muito à perspectiva que temos de autonomia robótica. No entanto, não foi bem o caso.
Estou rindo só em tentar escrever…
Sobre como o roteiro é engraçado! Eu sei que não era essa a intenção, mas acaba sendo absurdamente hilário. O roteiro é a parte que inclui diálogos; a fonte escrita da “arrumação” de ideias. E, bem, são assim em Dolls’ Frontline:
"Não vamos aguentar por muito tempo!" "Atrase todas as unidades! Fulano (insira codinome altamente específico aqui), cuide da retaguarda!" "Eu? Me render? Que piada!" "Essa área está sob nosso controle agora (risada maligna)". "Não acredito que acabarei assim!" "Não há para onde fugir (risada maligna nº 2)". Enfim, sobre os codinomes, eles são específicos MESMO. Não é igual a áreas aqui do Rio de Janeiro em que as pessoas são chamadas por animais. É, na verdade, assim:
Fora que nenhuma das personagens é realmente marcante. Não há nenhum tipo de técnica de empatia que te faça lembrar do codinome delas ou sobre quem é quem, ou quem está falando com quem, ou quem está atrás de quem. No final, você até se pergunta: quem sou eu?
Eventualmente, pode até existir algum enredo no jogo que inspirou o anime, com o qual não tive nenhum contato. Contudo, uma das coisas que aprendi com o mestre André Uggioni, nosso Yoda da Cúpula, é que as melhores obras têm que ser completas por si. E essa não é.
E eu, anteriormente, comentei sobre como existe um público extremamente específico para essa animação: gente que gosta de waifus e de armas. Só! Em um episódio de 24 minutos, metade do episódio (ou mais) é só tiro sem noção misturado a esses diálogos esquisitos.
E, claro, uma apelação aqui e outra ali. Até porque é normal ver bonecas-robôs vestidas de maids com armas escondidas debaixo das saias!
Não vou só acabar com Dolls’ Frontline, não é?
Mas é claro que não! Tem duas coisas INCRÍVEIS nesse anime, que são a ending (finalização) e a opening (abertura). São duas músicas bem legais, e a produção da abertura é incrível! Os filtros e a maquiagem digital dão uma impressão até meio cyberpunk.
Evidente, esse trabalho todo tem NOME! Então, palmas ao grandioso Kentaro Waki, que trabalhou brilhantemente com o uso de filtros e maquiagem digital. Também foi o diretor de fotografia de SAO Alicization, conhecido e amado por muitos, além de ter lutas muito bem animadas e bonitas visualmente.
Como não sou besta nem nada, fui atrás do twitter do homem para entregar conteúdo de qualidade. Segue um pouco do trabalho dele:
SAO WoU 14話のベルクーリvsベクタ戦では「線に強弱を加える処理」を撮影で追加していました。総作監の豪さん・アクション作監の菅野さんの力も合わさって、迫力ある画面になっていると嬉しい…。 pic.twitter.com/P0InXNtTZU
— Kentaro_Waki / 脇顯太朗 (@HiconManiacs) July 18, 2020
E em Dolls’ Frontline:
#ドールズフロントライン OP
— Kentaro_Waki / 脇顯太朗 (@HiconManiacs) January 14, 2022
ジャンシアーヌ 【Cut 024 + Cut 025】
撮影処理 Before>>>After
OPムービー
【https://t.co/XGoOEcXZ0d】#ドルフロOPメイキング pic.twitter.com/JZ9LgPPa42
Finalizando as primeiras impressões sobre Dolls’ Frontline
Em suma, vou ver o resto! Mentira, claro que não. Eu veria se fosse MUITO apaixonada por empregadas segurando rifles maiores do que o corpo delas.
Apesar dos pesares, foi até que divertido escrever sobre. Quando a gente vê algo ruim, meio que acaba sendo engraçado no final das contas, porque são todos os estereótipos juntos.
Evidente que poderia ser muito melhor. Uma das questões que levantaram e eu estava torcendo para que falassem mais foi sobre o backup de experiências. Quando uma boneca morre, mesmo que o corpo não exista mais, as memórias podem ser “upadas” novamente.
Nossa, que discussão isso daria! O que é ser humano? O que é ser robô? Nossas memórias fazem o que somos? Seria incrível se fosse algo do gênero, mas não é. Não espere absolutamente nada, porque você não vai ter nada!
(A não ser uma ótima opening).
Eram os melhores minutos do anime inteiro… vou sentir saudades. Au revoir, my friend. Voltarei ao youtube para me encontrar com você de vez em quando.
E você, o que achou de Dolls’ Frontline? Achou maneiro esse monte de waifu com rifle? Tomara que sim. Até logo!